Deputado Roberto Carlos é condenado a 6 anos e 5 meses de prisão por esquema de rachadinha na ALBA

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O deputado estadual Roberto Carlos (PV) foi condenado a seis anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto, além do pagamento de 71 dias-multa, cada dia equivalente a um salário mínimo vigente à época dos fatos. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (28) no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).

A condenação decorre de um processo movido pelo Ministério Público da Bahia (MPBA), que investigou um esquema de rachadinha no gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) entre 2008 e 2010. De acordo com a denúncia, Roberto Carlos teria se apropriado de verbas públicas ao incluir familiares como assessores fantasmas em seu gabinete, que não exerciam as funções para as quais foram contratados.


Esquema revelado pela investigação

Segundo o TJBA, o deputado teria se beneficiado de nepotismo e controle sobre os recursos provenientes de salários de assessores contratados. A lista incluía sua companheira e sogra. Durante o período investigado, a mulher do deputado recebeu depósitos de R$ 140 mil, dos quais R$ 91 mil foram realizados por conta não identificada. Além disso, o parlamentar movimentou R$ 203.508,85 em sua conta, um valor considerado incompatível com sua renda declarada.

O processo apontou que o esquema envolvia apropriação de verbas públicas, caracterizando o crime de peculato na modalidade apropriação. “Autoria e materialidade devidamente comprovadas. Nepotismo, servidores fantasmas e domínio do fato foram evidenciados”, diz o texto do despacho judicial.

Repercussões legais

Além da condenação, o MPBA recorreu da decisão, solicitando a cassação do mandato de Roberto Carlos e o bloqueio de R$ 1,3 milhão em bens do parlamentar, argumentando que a decisão do Judiciário deixou de considerar alguns pontos cruciais. Por outro lado, o deputado contestou a sentença, alegando divergências sobre a pena aplicada.

Impacto político

A decisão repercutiu no cenário político baiano, chamando a atenção para práticas de corrupção na administração pública. O caso também pode influenciar a permanência de Roberto Carlos na política, caso o recurso do MPBA que solicita a cassação de seu mandato seja acolhido.

O episódio reforça a necessidade de maior fiscalização sobre a gestão de recursos públicos, trazendo à tona a importância de combater esquemas que comprometem a ética e a eficiência do setor público.



Fonte: Juazeiro Políticas
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