Após ouvir integrantes e ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro nas primeiras semanas, a CPI da Covid do Senado aprovou, nesta quarta-feira, 26, as convocações de nove governadores. Como mostrou o Estadão, objetivo da cúpula do colegiado é neutralizar críticas, inclusive nas redes sociais, de que a CPI tem como foco exclusivo a gestão federal na pandemia.
A convocação dos governadores, porém, é polêmica e há divergências se eles podem recusar comparecer. Motivo: o artigo 50 da Constituição permite somente a convocação de autoridades diretamente subordinadas ao presidente da República, como ministros. A interpretação de técnicos do Senado, porém, é de que eles podem ser convocados desde que o assunto dos depoimentos seja restrito às competências da comissão – no caso, a transferência de recursos federais.
Também serão chamados a depor novamente o ex-ministro da Saúde e general da ativa do Exército Eduardo Pazuello e o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. A intenção dos senadores é esclarecer pontos em que houve divergências de versões, como a respeito do atraso na compra de vacinas e na crise de oxigênio em Manaus no início do ano.
Além dos governadores e ministros, também serão chamadas a depor uma série de pessoas que são ou já foram ligadas ao governo, como o marqueteiro Marcos Mendes, conhecido como Markinho Show, que trabalhou com Pazuello; e o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Filipe Martins.
- Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB)
- Tocantins, Mauro Carlesse (PSL)
- Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL)
- Roraima, Antonio Denarium (sem partido)
- Amapá, Waldez Góes (PDT)
- Rondônia, Marcos Rocha (PSL)
- Piauí, Wellington Dias (PT)
- Pará, Helder Barbalho (MDB)
- Amazonas, Wilson Lima (PSC).