A estiagem que atinge diversas regiões do estado é tanta que subiu de dois para 21 o número de municípios baianos que vivem racionamento de água. O ano de 2016 chegou ao fim com Vitória da Conquista e Belo Campo nessa situação.
Agora, outros 19 municípios se juntam a eles. São elas: Queimadas e Santaluz (que adotaram a medida de racionamento em fevereiro desse ano), Senhor do Bonfim, Jacobina, Jaguarari, Caldeirão Grande, Andorinha, Itiúba, Ponto Novo, Filadélfia, Seabra, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Novo Horizonte, Bonito, Palmeiras, Tapiramutá, Entre Rios e Morro do Chapéu, além das localidades de Angico (distrito de Mairi), Umbuzeiro (distrito de Mundo Novo) e Altamira (distrito de Conde).
De acordo com a Embasa, a medida extrema do racionamento foi adotada por conta da diminuição do nível dos mananciais utilizados para o abastecimento dessas regiões.
Situação de emergência
Mais da metade dos municípios baianos declarou situação de emergência por conta da seca. Ao todo são 223, que representam 3,2 milhões de pessoas afetadas. O problema é que a seca, que antes só afetava o semiárido, hoje atinge várias partes da Bahia. “Temos municípios no extremo sul do estado que declararam situação de emergência”, informou o superintendente de Proteção e Defesa Civil do Estado, Paulo Sérgio Luz.
Segundo ele, desta vez há um quadro de pré-colapso para 80 cidades. “Se não chover nos próximos 90 dias, pode faltar água nessas cidades. Na Bahia nunca tivemos essa situação. É a pior seca da história, apesar de não ter ninguém morrendo. Começou em 2011, em 2012 se intensificou e, em todos os anos seguintes, a chuva veio abaixo da média”, explicou. Ainda de acordo com Paulo Sérgio, a população da cidade fica apavorada diante da iminência da falta de água. “O semiárido está virando deserto e o Sul da Bahia virando semiárido. É preocupante a abrangência da seca.”
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Foto: Reprodução/ Correio24horas